Você se lembra quando precisava de um mouse novo para o seu computador e, ao comprar, recebia junto um CD para instalação do equipamento? O mouse é só um exemplo já que essa prática era comum com todos os tipos de produto. Isso acontecia porque antigamente não existia nenhum tipo de integração entre as fabricantes dos produtos de tecnologia, o que deixava o usuário refém de uma mesma marca.
Com o avanço das pesquisas e surgimento de novas demandas no mercado veio também a necessidade de se criar processos que conectassem as tecnologias entre si, mesmo que fossem de fabricantes diferentes. Um grande ganho para quem faz uso dos produtos, mas também para as marcas que conseguem juntas elevar o patamar de seus portifólios.
Todos que atuam no mercado de tecnologia sabem que as grandes marcas oferecem sistemas de integração. Nesse artigo, vamos aprofundar sobre a importância desse processo para o bom funcionamento dos sistemas de segurança e monitoramento, além de entender os protocolos que regem essas operações.
Por que a integração entre sistemas é importante?
Quando um integrador opta por mais de um sistema dentro do mesmo projeto, há necessidade de investimentos extras. Na prática, além de mais caro, essa escolha não é inteligente porque exige que o operador trabalhe com sistemas diferentes, o que certamente, em algum momento, vai gerar falhas de informações, além de não permitir o cruzamento de dados e a efetiva integração entre os sistemas. Essa realidade vale tanto para sistemas de CFTV e videomonitoramento, quanto para outros sistemas mais complexos de vigilância.
Agora, quando o sistema é implantado de forma integrada, com a escolha de marcas que conversam entre si, o resultado é uma operação mais facilitada, otimizada e inteligente. O operador recebe todas as informações em um só lugar e encontra exatamente tudo que precisa dentro de um mesmo sistema. Na prática, ele não precisa extrair informações de um sistema e jogar para outro, pois estará tudo pronto e organizado de forma otimizada e segura. Essa centralização dos dados torna as operações muito mais eficiente, com necessidade de menos investimentos em equipamentos, servidores e, com o ganho real no processo de operação mais simplificado.
ONVIF e o desenvolvimento de um padrão aberto e global
Quando se fala em integração a ferramenta mais importante é o protocolo ONVIF. Se trata de um fórum global e aberto da indústria, que tem objetivo de facilitar o desenvolvimento e o uso de um padrão para a interface de produtos físicos de segurança baseados em IP.
Essa entidade incentiva que fabricantes de tecnologia e hardwares utilizem seus equipamentos para criar conexão entre multimarcas, entre diferentes fabricantes. Como já foi dito, antigamente, os equipamentos não tinha softwares que conversavam com outras marcas e o cliente virava refém da marca e da solução porque só podia comprar daquela determinada marca para continuar usando o produto que já tinha.
Com o ONVIF isso mudou porque permite mesclar os sistemas. Exatamente, por isso, hoje, quando se compra um mouse – exemplo do início desse artigo – não é mais necessário o CD de instalação. O protocolo ‘plug and play’, adotado por todos os fabricantes, faz com que o usuário apenas conecte o novo produto e ele imediatamente funcione, facilitando muito sua vida. A instalação pode ser necessária apenas se o novo produto possuir funcionalidades extras, fora do padrão, mas o básico das operações será executado de forma imediata e sem demora.
A ONVIF possui uma robusta base de membros em seis continentes. A adesão ao ONVIF está aberta a fabricantes, desenvolvedores de software, consultores, integradores de sistemas, usuários finais e outros grupos de interesse que desejam participar das atividades.
A entidade possui vários níveis de participação, ficando a escolha do fabricante de qual camada quer participar e submeter seus produtos. No próprio site da ONVIF é possível pesquisar e consultar quais produtos, quais marcas e quais funcionalidades estão disponíveis dentro desses protocolos de integração. Vale lembrar que TODAS as marcas distribuídas pela ALCA NETWORK possuem o protocolo ONVIF, o que garante mais segurança e tranquilidade aos integradores parceiros.
API e Integração nativa
Sem o uso do protocolo ONVIF existem mais duas opções de integração. Uma delas é a API - Application Programming Interface - que possibilita conectar dois sistemas com fornecedores diferentes, tornando-os pontos de integração com seu sistema, mesmo que eles atendam linguagens diferentes. O API possibilitará a comunicação entre as plataformas/sistemas por meio de uma série de protocolos e padrões.
A segunda opção é a chamada Integração Nativa, que é a incorporação de dois softwares programados e planejados pelo mesmo fornecedor, disponíveis para todos os clientes.
É interessante ressaltar que quando um fabricante desenvolve um equipamento existe uma lógica por traz do produto apresentado. Por isso, ele disponibiliza toda a documentação com detalhamento das funcionalidades para outras marcas que desejam fazer a integração. Dentro de cada programação tudo tem um significado e um parâmetro para o fabricante. Na documentação disponibilizada pela VIVOTEK, por exemplo, vem explicito cada parâmetro, cada funcionalidade e o que se espera do produto dentro de determinado padrão de endereço IP. É a própria API quem libera essa documentação para que o outro fabricante (e/ou o próprio usuário) tenham acesso e façam a integração.
Segundo explica o analista de projetos e especialista em CFTV da ALCA NETWORK, Fernando Andrade, muitos fabricantes são parceiros. “As marcas são bem-vistas e para eles é interessante trabalhar dessa forma integrada. Cada fabricante deixa claro em seus documentos o que funciona e o que não funciona dentro desse processo que é bem transparente, incluindo o que é ou não compatível, resoluções suportadas, capacidades analíticas, entre outros. Geralmente, essas parcerias ocorrem com acordos pré firmados entre grandes fabricantes ou mesmo por grandes demandas de projetos”, comenta.
Integração no próprio equipamento
Além disso, existem no mercado equipamentos como é o caso da MOBOTIX, que a partir do próprio equipamento, pode-se ter diversas opções de comunicação em protocolos e tecnologias distintas para que se integre as informações coletadas pelo dispositivo com outros equipamentos ou softwares.
Alguns exemplos de formas de comunicação nativa da MOBOTIX são: XML, Json, MODBUS, MQTT e HTTP / HTTPS.
Como a ALCA pode te auxiliar?
A ALCA NETWORK conta com uma equipe de especialistas e está aliada aos melhores parceiros de soluções mundiais, que permitem integrar vídeos, alarme, controle de acesso, incêndio e telefonia IP. Por isso, não deixe de consultar a ALCA antes de iniciar os projetos de integração! A distribuidora garante suporte completo desde as etapas iniciais, escolha dos melhores equipamentos e soluções, até a fase de instalação e mensuração dos resultados.