Novos desafios exigem tecnologias avançadas e capazes de resolver as demandas de forma eficiente e sem a possibilidade de falhas. Áreas sensíveis e ambientes críticos que precisam ter o controle de acesso bastante rígido e controlado exigem equipamentos confiáveis e que garantam a segurança das pessoas, bens materiais e dos espaços de forma geral.
Exemplos desses ambientes são escolas, hospitais, centros de vacina, áreas especificas de indústrias, instituições financeiras, espaços políticos e jurídicos. A segurança em locais sensíveis, como instalações governamentais, hospitais, aeroportos e centros de dados, é uma prioridade crescente. O reconhecimento facial vem se destacando como uma solução moderna e eficaz para controle de acesso, proporcionando mais agilidade e precisão na identificação das pessoas.
Diego Rodrigues, Diretor de Business Development da CONTROL ID, fabricante referência em Controle de Acesso e parceira da ALCA NETWORK, explica que Controle de Acesso é um ecossistema muito grande. Segundo ele, é necessário entender que não se trata apenas de desenvolver o produto em si, mas é um universo que envolve várias coisas. “Envolve toda a infraestrutura e várias áreas sensíveis da empresa. Precisamos analisar em 360 o que precisa ser feito, se vai ser usado catraca, torniquete e qual tipo de fechadura, por exemplo. Quem for executar precisa entender quem é o cliente, seu perfil, suas demandas, o que exatamente precisa na estrutura dele, se já tem VNS, como é o sistema da CFTV, se já tem algum sistema de controle de acesso, para então conseguir oferecer uma solução correspondente.
Como funciona o reconhecimento facial no controle de acesso?
A tecnologia de reconhecimento facial utiliza algoritmos avançados de inteligência artificial e aprendizado de máquina para mapear características faciais exclusivas. O processo envolve: captura da imagem, processamento biométrico, comparação com base de dados e acesso autorizado ou negado.
A Control Id trabalha com dois algoritmos considerados os melhores do mundo: No iDFace Convencional é SAFR e no iDFace Max Paravision, ambos podem ser aplicados em todas as verticais.
Rodrigues afirma que o sistema de reconhecimento facial já se tornou o modelo mais usado, pois é uma tecnologia que consegue trazer para o mercado segurança, confiabilidade e agilidade, por meio de uma solução simples de instalação, com a possibilidade de portabilidade de cadastros.
Diego salienta que o reconhecimento facial facilita e agiliza muito o processo. “Antes era preciso cadastrar a digital através de um leitor específico, tinha que se deslocar até o equipamento ou o leitor para fazer esse cadastro. Com o facial isso não é necessário, é possível tirar uma foto com o celular, manda essa foto para o operador ou, se tiver o aplicativo, a pessoa mesmo já faz o cadastro diretamente.”. Outra vantagem, segundo ele, é não precisar ter contato físico com o leitor, o que torna o processo mais higiênico.
Nos últimos anos, a precisão e confiabilidade do reconhecimento facial aumentaram significativamente devido a avanços como Redes neurais profundas (Deep Learning), que melhoram a capacidade de identificar indivíduos em diferentes condições de iluminação e angulação. Também devido a integração com IoT, que são sistemas de controle de acesso conectados a dispositivos inteligentes otimizam a gestão e monitoramento.
Esse avanço se deve também ao chamado reconhecimento antifraude. Algoritmos avançados detectam tentativas de falsificação, como fotos ou vídeos usados para burlar o sistema. Além disso, o processamento em tempo real reduz o tempo de resposta para milissegundos, agilizando fluxos de entrada e saída. Para áreas sensíveis, como cofres, soluções de alta segurança, é indicado trabalhar com mais de uma forma de acesso, para garantir ainda mais segurança.
Aplicações práticas
O reconhecimento facial está revolucionando o controle de acesso, tornando processos mais seguros e eficientes. Empresas que desejam modernizar seus sistemas devem considerar essa tecnologia, garantindo conformidade com normas de segurança e privacidade. Com os avanços recentes, o futuro promete sistemas ainda mais inteligentes e integrados.
Diego, da Control Id, acrescenta que o que está muito difundido no mercado é o controle de acesso condominial. Hoje, a maioria dos condomínios residenciais já fazem uso de reconhecimento facial em portarias virtuais, além dos hospitais, onde o sistema é bastante valorizado por ser higiênico e os profissionais que trabalham de luva não terem a necessidade de tirar para usar a biometria toda vez que precisarem acessar um ambiente restrito.
De acordo com Rogério Balsimelli, especialista em Controle de Acesso da ALCA NETWORK, quando se trata de controle de acesso, o desafio é preservar a integridade da empresa, garantindo que o acesso será somente por pessoas autorizadas. “Existem várias tecnologias desde RFID, Mifare, biometria, reconhecimento facial, dentre outras. Para uma maior assertividade é importante trabalhar com tecnologias híbridas, chamamos de 1/1 quando se utiliza, por exemplo, reconhecimento facial com cartão mifare. Ou seja, não basta ler sua face o cartão tem que estar validado, pois, a chance de fraude é menor. Quando se usa uma única tecnologia chamamos de 1/n.”, detalha.
O reconhecimento facial está sendo amplamente adotado em diversas áreas como empresas e escritórios, fornecendo acesso restrito a áreas sensíveis e dispensando crachás. Hospitais também são ótimos exemplos de aplicações já que exigem controle em setores restritos, além de salas de cirurgias e medicamentos. Em aeroportos, a tecnologia possibilita embarque mais rápido, sem necessidade de apresentação de documentos.
Em relação ao trabalho da ALCA junto aos integradores, Balsimelli comenta que é preciso entender a dor do cliente final, somente a partir daí se consegue dimensionar a solução. “Esse processo requer estudo comportamental e estrutural, além de compreender a estrutura física do local de instalação. Podemos contribuir com estoque de produtos de alta qualidade, principalmente catracas, até porque uma das dores dos integradores é prazo de entrega, normalmente para uma catraca de 20 a 60 dias e a ALCA consegue agilizar esse tempo de espera que prejudica o andamento dos projetos”, explica.
Desafios
Para que o sistema funcione com perfeição é muito importante a utilização de fotos de qualidade no cadastro do sistema de reconhecimento facial. Iluminação ruim, partes do rosto faltando, fundo que não seja neutro, são aspectos que podem comprometer e gerar uma falsa rejeição. O próprio sistema tem travas para não receber fotos ruins, mas é um problema que pode acontecer. Outro desafio na utilização desse sistema é o reconhecimento de gêmeos idênticos, por serem pessoas muito parecidas, pode surgir a necessidade de um dos usuários ter que usar cartão para ter o acesso.
Vale lembrar que toda estrutura deve ser composta por equipamentos de qualidade, inclusive o cabeamento. Todo integrador deve se ater em entender, de fato, qual é a dor do cliente e qual tipo de produto irá resolver suas demandas ou se adaptar melhor caso já exista um sistema anterior. É também importante criar um planejamento e pensar na forma de comercialização desse projeto. Sempre que possível, já prever em contrato não só a venda em si, mas a prestação de serviços preventivos e de manutenção que irão garantir o bom funcionamento do sistema.